Greve geral na Prefeitura Municipal de Teixeira de Freitas

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Os servidores públicos municipais de Teixeira de Freitas realizam nesta segunda-feira (30) “um dia de paralisação em protesto e repúdio à Prefeitura Municipal de Teixeira de Freitas por não atender às reivindicações dos servidores”, conforme carta aberta divulgada por representantes do Sindicato dos Trabalhadoresem Serviços Públicos Municipaisdo Extremo Sul da Bahia (Sintraspesb).

Greve geral na Prefeitura de Teixeira de Freitas.

O dia de paralisação foi acordado em assembleia realizada em 11/01, e reivindica, dentre outros pontos, reajuste salarial de 60%, reposição das perdas salariais de 2011 e distribuição de Equipamentos Individuais Obrigatórios (EPIs).

O secretário de Administração, Ednilton Pereira Barreto, contudo, declarou: “Esta é uma greve ilegal”, e apresentou diversas justificativas que contrapõem as solicitações dos grevistas. Segundo ele, o município tem cumprido com suas obrigações orçamentárias, e pagado seus funcionários em dia.

“Nós temos pagado os servidores até antecipadamente, e com o repasse dos devidos reajustes”, disse o secretário, apresentando a Lei n.° 552/2010, de 17/12/2010, em que está previsto o reajuste salarial de 5%, aplicado sobre o salário base do mês de dezembro de 2010, que passou a efetuar a partir de 1.°/01/2011.

O secretário justificou ainda, em defesa da administração pública, que mais de 70% dos servidores já receberam, inclusive, o reajuste do salário-mínimo, de R$ 545 para R$ 622.

“Essa é uma greve política, e, neste ano, vão fazer de tudo para tentar desestabilizar o governo do padre Apparecido”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Clóvis Guerra. O qual informou acerca da ausência de EPIs, que todos os equipamentos já foram listados e estão sendo licitados.

Ainda quanto aos EPIs, Clóvis afirmou que está sendo instalada a Defesa Civil do Município, onde trabalhará um bombeiro civil e um técnico em Segurança no Trabalho, responsável por realizar palestras, instruir e fiscalizar o uso dos equipamentos.

Quanto à falta de diálogo com a prefeitura, alegada pelos grevistas, o secretário de Administração disse: “O município sempre fala com todos, o que acontece é que muitos não têm paciência”. Porém, em seguida, afirmou: “O município não negocia com grevista, não negocia na base da pressão”.

Todos os setores, à exceção dos servidores em Educação, foram atingidos pela paralisação, que pode preceder a instauração de uma greve geral por tempo indeterminado, caso as reivindicações não sejam atendidas. Por Raíssa Félix