Pedreiro confessa que matou a ex-namorada

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O pedreiro Adílson da Cruz, 27 anos, apresentado à imprensa na tarde de sexta-feira (4), confessou à delegada Clelba Regina Teles, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que matou a ex-namorada Cristina dos Santos Nascimento, 25 anos, porque ela não queria mais reatar o relacionamento, desfeito em 31 de outubro, depois de uma convivência de cinco meses.

Decidida a se afastar do namorado, que se tornara agressivo ao questionar ligações telefônicas recebidas de amigos, Cristina foi morta com sete facadas, que atingiram antebraços, costas, pescoço e orelhas, na terça-feira passada (1.º/11), na área de estacionamento do asilo São Lázaro, onde trabalhava, desde 2008, como auxiliar de serviços gerais. Dois dias depois, investigadores do DHPP localizaram Adílson, escondido na casa do irmão, identificado como Daniel da Cruz, no subúrbio ferroviário de Lobato, e o prenderam por força de um mandado de prisão temporária.

Uma irmã da vítima declarou à delegada que Adilson não se conformava com o fim do relacionamento nem aceitava a recusa de Cristina em reatar o compromisso.  Acrescentou que, na noite anterior à morte, Adílson procurou Cristina propondo para que voltasse e, mais uma vez, obteve um não como resposta, o que teria alimentado o desejo de vingança.

A delegada Clelba Regina relata que a irmã da vítima, que mora nas proximidades do asilo, disse ainda que viu Adílson, na manhã de quinta-feira (3), rondando o São Lázaro, mas não desconfiou da sua intenção de mata sua irmã. Horas antes de cometer o crime, ele vendeu uma TV de20 polegadas, um fogão, um aparelho de DVD e um botijão de gás a um amigo, alegando que iria morar no interior.

A decisão de vender os bens domésticos um dia antes da morte da servente, segundo a delegada, indica que Adilson , embora negue, premeditou o delito. O pedreiro está custodiado na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), à disposição da justiça. Fonte: Ascom/PC